juventude

no futuro os jovens serão todos amigos.

e haverá mais promiscuidade.
talvez por causa disso andarão todos mais felizes, e, se não andarem, poderão tomar coisas para isso.
atente-se na felicidade estampada no rosto de todos estes adolescentes comuns, e como se prevê um futuro risonho para todos eles. mas mesmo todos.

jogos em sociedade

no futuro a criançada vai deixar de jogar à apanhada e ao mata.

aparecerão aparelhos que, ligados à televisão, permitirão brincar às coisas mais incríveis, chamados "jogos de consola".
a petizada ficará horas em frente à televisão, e deixarão de estudar. serão cada vez mais burros, e investir-se-á mais em novas consolas, que permitam ficar mais horas a jogar.
a culpa de os alunos serem maus será do primeiro-ministro.

roupa

no futuro, o uso de gravata deixará de ser obrigatório.

todas as pessoas poderão usar roupas confortáveis.
jaquetas brilhantes, e camisolas de lã grossa serão algumas das peças preferidas da grande maioria da população, menos em África, onde toda a gente se continuará a vestir mais ou menos da mesma maneira, ou seja com quase nada e às vezes calções desportivos.
o bigode ainda existirá.

telecomunicações

no futuro, toda a gente pode falar ao telefone na rua.

serão inventados aparelhos de extrema utilidade, que através de ondas que andam no ar e ninguém vê, permitem falar com toda a gente, em qualquer lugar.
no Alentejo, já perto de Espanha, é impossível, mas geralmente dá no resto país.
deixará ainda de haver telefonistas, portanto se conhecer alguma avise-a já, para ela se precaver.

carros

no futuro os carros serão mais pequenos e económicos.

e terão linhas mais arrojadas.

rádio

no futuro já ninguém gosta do sala, e a olga cardoso vai desaparecer, mas continuar viva.

sala e olga no tempo em que eram os reis da pândega. o sala é o que está de preto e tem óculos.

as maçãs

no futuro, em Portugal, só se comerá maçã espanhola.

toda a gente vai dizer que a portuguesa é melhor, mas ninguém dá pela diferença. assim, vão aparecer uns autocolantes (uns papéis pequeninos que se colam às coisas e são um bocado irritantes) a dizer de onde vêm, mas às vezes não traz nada e ficamos na mesma.

uma vez, no Natal, pus um autocolante desses num casaco de trazer por casa, e no ano seguinte ainda lá estava.

pus o casaco para lavar.

não se preocupem

no futuro ainda há panikes.

breve nota introdutória

olá humanos d'antanho.
chamo-me cagunfas, e venho do futuro. do ano 2000.

eu sou aquele ali.